JOSÉ OCTÁVIO PEREIRA DE LIMA - prefeito nomeado de Mossoró, pela Junta Governativa Militar do Estado.
Mandato: 06 de outubro de 1930 a 17 de outubro de 1930.
Natural de Araruna-PB, nascido a 8 de setembro de 1895,
filho de José Pereira Lima e de Maria Elvira da Costa Lima Ainda jovem
transferiu-se para Mossoró, cuja cidade foi campo maior das suas atividades,
foi comerciante, dono de livraria e atelier fotográfico. Como jornalista, fundou
e dirigiu o “O Correio do Povo”, o primeiro jornal que circulou diariamente em
Mossoró. Publicou “Terra Nordestina, problemas, Homens e Falas”, e
escreveu um trabalho em versos historiando o ataque de Lampião a Mossoró.
Inspetor Federal do Ensino e primeiro prefeito provisório de Mossoró, após a
Revolução de 30. Governou Mossoró no período de 6 de outubro de 1930 a 17 de
outubro de 1930.
Amante decidido das letras. Logo bem cedo deu provas de
arrojo intelectual passando a colaborar com os órgão da imprensa de Mossoró e
do Estado do Rio Grande do Norte, dentre os quais em o jornal O Mossoroense.
No ano seguinte, passou
para outra profissão, integrando-se no comércio, na firma do seu pai, a
razão social era José Pereira e filhos. No ramo do comércio, seu Octavio teve uma curta permanência.
Logo depois, voltou como fotógrafo em pareceria com o amigo TERTULIANO AIRES,
denominada de FOTO OCTÁVIO.
Era um verdadeiro artista na fotografia. Trabalhava em
ampliação, colorido e montagem de simples clicheria para a imprensa. Ele mesmo
ilustrava o seu jornal o CORREIO DO
POVO.
José Octávio, como componente das classes artistas e
operárias da cidade, prestou inestimáveis serviços a toda as corporações do
governo existentes na cidade de Mossoró em várias gestões. Destacou-se também
na Loja Maçônica 24 de Junho, onde era membro de destaque e de atuação, tendo
sido presidente da Sociedade União dos Artistas e orador da mesma em várias
gestões.
Fundou o jornal O CORREIO DE POVO, que entrou em circulação
em 13 de maio de 1926, até 02 de dezembro de 1934, era o único jornal diário
naquele tempo. Como redatores, o jornal tinha Jeremias Limeira e Manoel
Rodrigues. Também José Otávio colaborou muito com as revistas locais, inclusive
com poesias; era na verdade, um homem de letras, tornando-se aqui na cidade de Mossoró
uma figura tipicamente mossoroense.
Ingressou na política. Tonando-se, além de jornalista, um
grande político, que expressava seus pensamentos nas páginas de seu jornal.
Publicou vários livros: TERRA NORDESTINA, PROBLEMAS, HOMENS E FATOS, nos quais abordou
os problemas regionais. Também escreveu um trabalho em verso contando a invasão
do bando de Lampião à cidade de Mossoró, no ano de 1927. Além do mais, sobre
este evento, o Bando de Lampião, José Octávio deixou sobre este evento, o maior
documentário e o mais completo que existe, inclusive fotográficos. Este acervo
está guardado no Museu Histórico Lauro Escóssia.
Por tão pouco na prefeitura não teve nenhum plano
administrativo para por em prática, nenhum fato importante aconteceu neste
período. Ele foi um político doas decididos da agremiação que o Estado apoiou.
O vice presidente Café Filho era um dos seus integrantes da antiga Aliança, que
integrava os quadros da FRENTE NACIONALISTA DE MOSSORÓ.
Também foi Inspetor Federal do Estado do Colégio Diocesano
Santa Luzia, exercendo esse cargo no
final do ano de 1931ao início de 1934. José Octávio residia na Rua Cel
Gurgel, num prédio de dois pavimentos, no pavimento de baixo funcionava seu
laboratório de fotografia e a redação de seu jornal;
Casou-se no ano de 1915, com dona Maria das Chagas Lima, ela
de origem da família Cambôa, na intimidade era chamada de MARIOLA , seus pais
eram: Abel Ismael das Chagas e de Luíza de Souza Filgueira. Desse matrimônio
nasceram seis filhos: ZELINDA OCTÁVIO, ZILENE OCTÁVIO, ZENON JOSÉ OCTÁVIO, ZENÓBIO
OCTÁVIO, ZILA OCTÁVIO e ZILENE OCTÁVIO GUANAIS.
Faleceu em Mossoró no dia 3 de abril de 1958, quando estava
na cidade de Niteroi, no Rio de Janeiro, onde se encontrava integrando a
representação da Federação do Comércio Potiguar, representando a representação
da Federação do Comércio Potiguar, precisou de assistência médica, por motivo
de um grave problema de saúde. Ocorreu em consequência um infarto do miocárdio
de que fora o mesmo acometido na madrugada daquele dia, na residência de seu irmão
SILVIO PEREIRA DE LIMA. Na cidade de Mossoró, em sua homenagem existe uma rua
para exaltar o seu nome, que fica próximo ao Tiro de Guerra, no centro da
cidade.
José Octávio ainda é patrono da Cadeira de nº 04 da Academia Mossoroense de Letras – MOL, que foi ocupada pelo historiador Raimundo Soares de Brito.
FONTE – LIVRO
ADMINISTRADORES DE MOSSORÓ, DE LINDOMARCOS FAUSTINO